‘Operação Harpia’: terceira fase de ação nacional prende 170 condenados no AP e em mais oito estados
Uma força-tarefa das polícias Civil do Amapá (PC-AP) e Federal (PF) realizou, nesta segunda-feira, 19, a terceira fase da Operação Harpia, que resultou na prisão de 170 pessoas. Do total, 153 capturas ocorreram no Amapá, e outras 17 foram realizadas em oito estados: Alagoas, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima, Amazonas, Santa Catarina e Pará.
A operação tem âmbito nacional e visa o cumprimento de mandados de prisão definitiva expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). Nesta etapa, foram alvos condenados por crimes letais e violentos, como homicídio e estupro de vulnerável, além de delitos como furto, posse ilegal de arma de fogo, estelionato, entre outros.
“Em menos de um ano, com as três edições da Harpia, mais de 400 pessoas, que estavam com mandados de prisão em aberto, pendentes de cumprimento, foram presas. Esse é um resultado exitoso, em razão do comprometimento de todas as equipes da Polícia Civil e da Polícia Federal na busca por esses alvos que já foram condenados, e estão pendentes perante a Justiça. Ressaltamos que o êxito na missão hoje, é o reflexo também dos investimentos realizados na Segurança Pública do Amapá, o que proporciona um trabalho mais efetivo ao cidadão amapaense”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Cezar Vieira.
Casos de destaque
Durante a Harpia III, dois casos chamaram atenção pela complexidade investigativa. Em Santa Catarina, um homem de 37 anos foi preso em Joinville após três meses de buscas. Ele havia sido condenado por estuprar uma menina de 13 anos em um motel no centro de Macapá, em fevereiro de 2018, mas não se apresentou para o cumprimento da pena.
Para escapar da Justiça, o condenado usava nomes falsos nas redes sociais e passou por procedimentos estéticos para alterar sua aparência. A captura foi resultado da atuação conjunta entre a Delegacia de Combate a Estelionatos de Joinville, o Núcleo de Capturas da PC-AP, o Grupo de Capturas da PF e a 8ª Delegacia de Polícia de Macapá.
Outro caso ocorreu no Amazonas, onde um homem de 39 anos foi preso após uma década foragido. Com uma extensa ficha criminal, ele respondia por homicídio, roubo e furto no Amapá. Após fugir do sistema prisional, obteve uma CNH falsa no Amazonas, usando identidade adulterada. A prisão foi possível graças à articulação entre as polícias civis do Amapá e Amazonas, com apoio do Grupo de Capturas da Polícia Federal.
Fotos: Lucas Brito/PC
