Amapá oferece vagas inéditas para prática de paraesgrima no Centro Didático Avertino Ramos
Pela primeira vez no estado, o Governo do Amapá disponibiliza vagas para a prática da paraesgrima – esgrima adaptada para cadeirantes – no Centro Didático Avertino Ramos, em Macapá. A modalidade é destinada a pessoas com deficiência física ou amputadas e passa a integrar o calendário de atividades do centro, promovendo inclusão, socialização e oportunidades para o surgimento de novos talentos no esporte adaptado.
A iniciativa é coordenada pela técnica Wirliane Melo, pioneira na introdução da paraesgrima no estado. “É uma conquista para o nosso estado. A paraesgrima é um esporte que exige foco, agilidade e estratégia, e tem um grande potencial de transformar vidas. Estamos dando a chance de novos atletas amapaenses se destacarem no cenário nacional”, ressaltou a treinadora.
Um dos novos talentos é Gabriel Vitor, de 20 anos, que iniciou os treinos há poucos meses e já garantiu vaga no Campeonato Brasileiro de Paraesgrima, que será disputado em julho. “Eu nunca imaginei fazer parte de um esporte como esse. A paraesgrima mudou minha rotina e me trouxe autoestima. Agora quero representar bem o Amapá e conquistar medalhas”, declarou.
A secretária de Desporto e Lazer, Cibely Peixoto, destacou o impacto da iniciativa. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso ao esporte, com inclusão, respeito e oportunidades reais. O Amapá está avançando em políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, e essa ação no Avertino Ramos é de grande importância para todos”, enfatizou.
Critérios para participação
As vagas são voltadas a pessoas com deficiência física ou amputadas. Os interessados devem procurar o Centro Didático Avertino Ramos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, para obter informações sobre matrícula, horários e acompanhamento técnico.
Sobre a modalidade
A paraesgrima é uma versão adaptada da esgrima olímpica, praticada em cadeiras fixadas ao chão. Assim como na esgrima convencional, os atletas utilizam florete, sabre ou espada, em disputas que exigem técnica, precisão e raciocínio rápido. A modalidade é reconhecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e está presente nos Jogos Paralímpicos desde 1960.
Foto: Sharlot Sandim