Diretor do Detran é exonerado após operação que apura supostas irregularidades em contrato de manutenção de veículos
O diretor do Departamento Estadual de Trânsito do Amapá (Detran-AP), Rorinaldo Gonçalves, foi exonerado do cargo pelo governador Clécio Luís após a operação deflagrada nesta segunda-feira, 19, pelo Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP). A ação investiga supostas irregularidades em um contrato de manutenção da frota de veículos do órgão, firmado entre o Detran e uma empresa privada. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado.
Denominada Operação Perda Total, a ofensiva foi executada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Investigações do Ministério Público (Nimp), com apoio da Polícia Civil — por meio da Core e do Denarc — e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências de investigados, na sede da empresa envolvida e no próprio Detran.
Além das buscas, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 1 milhão nas contas bancárias de cada um dos envolvidos.
Ainda na tarde desta segunda-feira, o então diretor Rorinaldo Gonçalves divulgou uma nota de esclarecimento na qual afirma que a investigação tem como foco um contrato firmado em 2018, durante uma gestão anterior.
“Em atenção à diligência deflagrada pelo Ministério Público junto ao Departamento Estadual de Trânsito na data corrente, cumpre-nos elucidar que o procedimento investigatório em tela versa sobre um contrato de manutenção de frota veicular, cujo marco inicial remonta a 2018, correspondente ao exercício de uma gestão anterior”, destacou na nota.
O texto informa ainda que, “tão logo constatada a existência de indícios de irregularidades, foi determinada, de forma imediata, a instauração de sindicância investigativa para a devida apuração dos fatos, medida que resultou na exoneração de todos os agentes públicos supostamente envolvidos nos atos ilícitos então identificados e no encerramento do contrato em questão”.
Em nota, o Governo do Estado informou que:
- Todos os envolvidos, por determinação do governador Clécio Luís, foram imediatamente afastados de suas funções;
- A Polícia Civil do Amapá participa ativamente e colabora com a operação;
- Não pactua com qualquer irregularidade e se coloca a inteira disposição do MP-AP para colaborar nas investigações, reafirmando o compromisso com a transparência na administração pública e o combate ao crime em qualquer esfera.
